Trabalho Voluntário

Você já fez algum tipo de trabalho voluntário? Em caso afirmativo, você certamente compreende o que me motiva a publicar esse texto. Caso contrário, essa é uma excelente oportunidade para conhecer um pouco sobre essa experiência que, na pior das hipóteses, nos ajuda a crescer como ser humano. Ser prestativo e ver que o nosso trabalho é útil e produtivo é uma das sensações mais gratificantes para todo trabalhador. Feliz de quem consegue ter um trabalho assim e ainda receber salário por isso. É como se todo esforço depositado no trabalho não fosse simplesmente recompensado pelo salário. Existe um ganho extra que é uma satisfação imensurável pelo trabalho bem feito.
Observe que essa satisfação aparece simplesmente em um trabalho voltado para os interesses do homem. Daí eu pergunto: e quando trabalhamos em prol do próximo e sem nenhuma contrapartida material (salário)? Aí a sensação de realização é ainda mais intensa, não somente pela alegria de poder ajudar quem precisa, mas também porque nesse caso quem paga o "salário" é Deus; e esse "salário" é pago em uma moeda infinitamente melhor do que dinheiro.

Já tive a oportunidade de trabalhar voluntariamente algumas vezes. Em 2004 e 2005 participei de um trabalho espiritual voluntário aos domingos voltado para evangelização e cura espiritual de pessoas com problemas de saúde, distúrbios emocionais/mentais e/ou simplesmente pessoas buscando crescimento espiritual. Nesse período, contribuí bastante, no entanto, o aprendizado que recebi pela interação com essas pessoas e pelo desenvolvimento mediúnico não poderia ser pago por dinheiro algum. Vivenciei experiências (algumas transcendentais) que só podem ser experimentadas nesse contexto em que nos doamos ao próximo.

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No ano de 2005 também tive a oportunidade de trabalhar voluntariamente na Instituição ABRACE aplicando Reiki em crianças com câncer, familiares dessas crianças e servidores dessa instituição. As experiências vividas nesse período foram fundamentais para me capacitar como mestre/professor de Reiki. Acompanhar a luta diária de pacientes e familiares de vítimas de câncer certamente ajudou a despertar em mim um olhar mais compassivo sobre as pessoas e também a importância de levar a fé e a esperança a todos que nos cercam. Antes dessa experiência na ABRACE já havia perdido minha mãe vítima dessa mesma doença e posso dizer que nesse momento difícil se eu já tivesse tido essa experiência na ABRACE, talvez tivesse passado por tudo com menos sofrimento.

Outro trabalho voluntário que vale a pena comentar foi ensinar Reiki gratuitamente para algumas pessoas. Ensinar Reiki é sempre uma experiência única a cada curso; seja individualmente, em turmas grandes, pequenos grupos, alunos pagantes ou cursos gratuitos. No entanto, todas as vezes que eu ensinei gratuitamente eu tive os maiores insights e as melhores experiências. Pude entender coisas que não entendia até então sobre o Reiki, assim como pude ver grandes curas acontecendo de maneira muito rápida.

Esse meu relato serve apenas para ilustrar o óbvio. Todo trabalho deve ser remunerado de alguma forma. Quando não recebemos o pagamento do homem, Deus nos dá aquilo que mais necessitamos como pagamento naquele momento. Não quero com isso incentivar as pessoas a fazerem trabalhos voluntários pensando em receber algo de Deus em troca. Isso não funciona assim porque o trabalho voluntário deve ter uma única motivação que é ajudar o próximo. A minha intenção é tão somente mostrar para as pessoas que o desprendimento das nossas atividades e interesses pessoais para ajudar ao próximo não atrasa e nem atrapalha a nossa vida. Ao contrário, muitas vezes dando atenção ao outro, somos capazes de perceber melhor a realidade que nos cerca e podemos evoluir mais do que vivendo isolados.

Se você faz parte de algum grupo de trabalho espiritual voluntário (em Brasília-DF) voltado para cura e o seu grupo tem interesse em aprender Reiki, entre em contato e podemos ver uma forma de viabilizar um workshop gratuito para o grupo.