Em junho de 2007, conheci uma senhora (vamos chamá-la de Joana) no Rio de Janeiro que estava em depressão desde 2005. Depois do falecimento da sua irmã, com quem morava junto e a quem era muito apegada, Joana começou gradativamente a se fechar. De uma pessoa superativa, referência de animação em sua família, Joana passou a ser uma pessoa "morta". Passava meses isolada dentro de casa, mal comia e chegava a ficar dias sem tomar banho. Frequentou psiquiatras e começou a tomar remédios para enfrentar um quadro de depressão e transtorno obsessivo compulsivo (TOC), desenvolvido ao longo do seu período de isolamento. Mesmo cercada pela família mais próxima, Joana não respondia ao tratamento psiquiátrico, as doses de remédio aumentavam e o quadro só piorava. Durante um jantar em sua casa, no ano de 2007, conheci a situação que ela estava vivendo. Era curioso olhar para ela...não sei como descrever, mas seus olhos não tinham vida e seu olhar era sempre meio perdido. Nes...